domingo, 18 de março de 2018

DOM PEDRO PARTICIPOU DA REUNIÃO DA CCIM




Sob o tema “Restaurar a dignidade, inspirar a mudança”, Dom Pedro Zilli participou, em nome da Conferência Episcopal do Senegal, Mauritânia, Cabo Verde e Guiné, em Roma, nos dias 06 a 08 de março, da reunião da CCIM – Comissão Católica Internacional para as Migrações.  Durante os três dias de trabalho, foram tratados vários argumentos: o ensinamento e a tradição católica: orientar a resposta da CCIM diante do rosto humano da migração; História da CCIM; mesa redonda sobre o estado atual da migração e dos refugiados; decisões a serem tomadas pelo CICM; apresentação das candidaturas à presidência do CCIM; eleição do Presidente do CCIM; testemunhos de serviço aos migrantes e refugiados no Bangladesh, em Uganda, na Nova Zelândia, no Brasil com os venezuelanos, etc...

Sra. Anne Therese Gallagher





Durante a reunião, que contou com a participação de mais de 130 pessoas, foi eleita a nova presidente da CCIM: Sra. Anne Therese Gallagher. Ela é uma profissional humanitária acadêmica, nascida na Austrália. É perita em migração, direitos humanos e em administração da justiça penal. A sua experiência abarca mais de 25 anos em mais de 40 países da África, Américas, Europa, Oriente médio e Ásia. Havia uma outra candidata de origem canadense e um candidato da Nigéria...!








Cardeal Pietro Parolin

O Secretário de Estado vaticano, Cardeal Pietro Parolin, abriu na manhã da terça-feira (06/03), o encontro da Comissão, organismo que reúne representantes das Conferências episcopais e das agências católicas que se ocupam de migrantes e refugiados e está presente em 50 países no mundo inteiro.
Em seu discurso aos participantes do encontro, o Cardeal Parolin enalteceu a contribuição do CCIM na preparação dos Global Compacts (Pactos Globais) por uma migração segura, ordenada e regular e pelos refugiados. “Esperamos que estes dois documentos possam responder às necessidades de maior proteção e tutela dos direitos humanos destas pessoas diante das reticências de vários países”, afirmou. Parolin disse se está a falar “não de números, mas de pessoas: homens, mulheres e crianças que têm um rosto, que muito sofrem e que são descartados. Um rosto humano no qual vemos o rosto de Cristo, que queremos servir especialmente naqueles que são os menores e com mais necessidades”. O Secretário de Estado ressaltou o apoio da CCIM em manter unidas as famílias, um aspecto que considera delicado e que requer maior atenção e acompanhamento. Destacou que “embora muitas nações devam seu desenvolvimento aos migrantes e apesar de suas experiências terríveis serem divulgadas, a migração é vista somente como emergência ou perigo, mesmo sendo um elemento comum em nossas sociedades”. O Cardeal Parolin recordou as palavras do Papa Francisco em defesa da ‘cultura do encontro’, capaz de construir um mundo mais justo e fraterno e frisou que trabalhar por uma mudança de atitude neste sentido é um dos compromissos mais urgentes hoje. E ainda mencionando palavras do Pontífice, o Cardeal encerrou: "Levemos a todos, através do nosso amor concreto, o anúncio livre do amor de Deus que acolhe, protege, sabe valorizar e fazer sentir parte de Sua família".


O Papa Francisco recebeu a CCIM manhã da quinta-feira, dia 8, na Sala Clementina, no Vaticano. Na Audiência muito linda e emocionante, ele afirmou entre outros aspectos: “Gostaria de reafirmar aqui a causa desta organização da qual vocês fazem parte e que representa a causa do próprio Cristo”. Disse ainda: “Este fato [o constante fluxo migratório no mundo] não mudou com o passar dos anos, pelo contrário, o compromisso de vocês com essas pessoas só aumentou em resposta as condições desumanas experimentadas por milhares de nossos irmãos e irmãs migrantes e refugiados em diversas partes do mundo”.


Dom Pedro disse que, através de sua participação no encontro, “pôde compreender, melhor, que a vida de um migrante, de um refugiado não é nada fácil”. Salientou que é preciso “trabalhar, cada um a seu nível e segundo suas possibilidades para aliviar o sofrimento destas pessoas que se veem obrigadas a deixar suas terras, seus países para fugir da fome e outros sofrimentos”. Sublinhou que preciso “rezar pelos migrantes e refugiados e por e por todas as pessoas generosas que lutam por eles”.



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