segunda-feira, 1 de maio de 2017

BISSAU: CERIMÓNIA INTER-RELIGIOSA PELA PAZ NA GUINÉ-BISSAU



A cerimónia, uma iniciativa da União Europeia em colaboração com as entidades religiosas, que teve lugar no Estádio Multidesportivo Lino Correia, em Bissau, na tarde do dia 27 de abril, quinta-feira, contou com a participação do Sr. Victor Madeira, Embaixador da União Europeia, do Conselho Nacional Islâmico, do Conselho Superior Islâmico, União dos Imames, Adventistas do Sétimo Dia, Missão Batista, Conselho Nacional Evangélico e Igreja Católica nas pessoas do Dom José Câmnate e Dom Pedro Zilli.

Frente à crise política e reconhecendo a riqueza da pluralidade religiosa da Guiné-Bissau e a convivência pacífica das religiões, exemplo para o continente africano, os organizadores do evento disseram que “é o momento destas intervir e lembrar aos atores que o País é composto de pessoas que só querem viver em paz”.
Nas várias intervenções e orações, os líderes religiosos sublinharam que o encontro revelava pelo menos três aspectos fundamentais: a paz é um dom de Deus, antes de ser uma conquista humana; a iniciativa mostrou a beleza da Guiné-Bissau que permite que crentes de diferentes religiões comunguem o mesmo espaço em oração; que a Guiné-Bissau está carente de paz por falta de maior esforço de diálogo por parte da Classe Dirigente.



A presença do músico Binham com músicas com temas sobre a paz deu um especial colorido ao encontro. Foi muito linda a oração conjunta no final do encontro que, entre outros aspectos sublinhava o seguinte: “Deus Te peço de todo o coração que todos os seres sejam mais respeitosos e tolerantes uns com os outros”. 




A oração inter-religiosa pela paz no dia 27 de abril, em escala local, não deixou de ser mais um ato que recorda o momento histórico de 27 de Outubro de 1986 quando São João Paulo II convocou o Dia Mundial de Oração pela Paz de Assis, um acontecimento sem precedentes, que viu ao lado do Papa, os representantes das grandes religiões do mundo, do Dalai Lama ao Arcebispo de Canterbury. O Papa disse naquela ocasião: "É em si um convite ao mundo para se tornar conscientes de que há uma outra dimensão da paz e uma outra maneira de promovê-la, que não são o resultado de negociações, de acordos políticos, econômicos". A convicção era que "a oração e o testemunho dos crentes, não importa a que tradição pertençam, podem fazer muito pela paz no mundo". O apelo foi escutado: por um dia inteiro no mundo calaram as armas.

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