Cesare, Rita, Dom Pedro e Samuel |
Na manhã do dia 24 de janeiro,
quarta-feira, memória de São Francisco de Sales, Dom Pedro Zilli presidiu a
missa do aniversario de 20 ano da morte do Leigo Missionário Vittorio Bicego
que faleceu na Itália no dia 23 de
janeiro de 1998. Para a ocasião e também para fazer o ponto do caminho de
produção e transformação da castanha de caju, os “Amigos de São Francisco” Rita
De Paoli, Samuel Isotta e Cesare Campagnola, marcaram presenças. Diga-se de
passagem que esta foi a trigésima vez que ao “Tia Rita” visitou a Guiné-Bissau.
Para festejar tal ocorrência e para agradecer a Deus pelo Vittorio, ela
ofereceu uma vaca para o almoço após à Missa.
A missa, concelebrada pelos Pe.
Giuseppe Pizzoli de São Daniel Comboni, Frei Máximo Capina de Caboxanque, contou
as membros das tabancas vizinhas de São Francisco, das irmãs de Bedanda, fieis
destas duas comunidades e com o Sr. Administrador do Setor de Cubucaré, Sr.
Bamussa Sissé, outras autoridades e amigos muçulmanos. Além do Vittorio, a
missa foi celebrada pelas almas do Dom Settimio A. Ferrazzetta, Pe. Diego, Frei
Silvano de Cao, Tue, Abulai e José Zilli, pai do Dom Pedro. No início da celebração,
Carlitos Na Dum que era um dos jovens formados pelo Vittorio, sublinhou que a
vinda do Leigo Missionário à Guiné-Bissau foi uma resposta ao chamado de Deus,
“uma vocação”, através do Dom Settimio A. Ferrazzetta. Sublinhou que Vittorio
foi “um grande colaborador do Settimio no sonho de evangelizar a Guiné-Bissau”.
Realçou que, estando em Bedanda, Vittorio “sonhava a realização de um Centro de
Formação” e que, com o tempo, fez horta, escola, catequese. Disse que a gente o
chamava de “padre”, “engenheiro”, “professor”. Concluiu dizendo: “que do Céu,
Vittorio continue a interceder por São Francisco e Santa Clara, seus
trabalhadores e seu povo”.
Diego Mamasamba, um dos rapazes do
Vittorio e Diretor do Centro, enfatizou que o Missionário “gostava muito da
Guiné-Bissau; viu a situação do Sul e lutou para a aquisição do atual terreno
com o intuito de ajudar as pessoas a viverem com mais dignidade, através da produção
agrícola”. Salientou que Vittorio lutou para que os rapazes estudassem, pois
assim “poderiam dialogar com todos”.
Na homilia, Dom Pedro enfatizou que
“se o Vittorio fosse o Apóstolo São Paulo e São Francisco e Santa Clara fossem
Tessalónica, ele teria dito: “quem não quiser trabalhar também não deve comer”
(2 Tes. 3,10). “Era homem do trabalho”. Recordou que Vittorio deixou a família,
amigos, a possibilidade de um bom futuro para se dedicar aos irmãos mais
carenciados da Guiné-Bissau. Agradeceu os trabalhadores de São Francisco, os
“Amigos de São Francisco” concretizados na Rete Guinea-Bissau e Crescere
Insieme pela perseverança e pela esperança mantidas durante todos estes anos.
No final da celebração, em nome dos
italianos, entre outras coisas, Rita disse que “a obra de Vittorio deu os seus
frutos porque nasceu no fértil solo da Guiné-Bissau e envolveu pessoas aqui na
Guiné e na Itália”. Frei Máximo Capina agradeceu a todos os presentes e “todos
os que continuaram a obra de Vittorio”. Concluiu dizendo: “Agradeçamos ao Diego
Mamasamba pelo trabalho fiel e silencioso que está a levar à frente em São Francisco
e Santa Clara”. À tarde, apos o almoço, Dom Pedro Zilli, P. Giuseppe Pizzoli e
os Amigos de São Francisco reuniram-se com os trabalhadores.
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