terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

GORÉ – SENEGAL:DOM PEDRO ZILLI E DOM ILDO FORTE VISITAM A CASA DOS ESCRAVOS



No sábado, dia 25 de fevereiro, Dom Pedro Zilli e Dom Ildo Fortes, Bispo de Mindelo – Cabo Verde,  estiveram visitando  Goré, uma pequena ilha de 900 metros de comprimento e 300 de largura, ao largo da cidade de Dakar, Senegal,  conhecida na história do comércio de escravos. É um símbolo do tráfico negreiro. Goré foi, entre os séculos XV e XIX, um dos maiores centros de comércio de escravos do continente, a partir de uma feitoria fundada pelos Portugueses. Esse entreposto foi, ao longo dos séculos, conquistado e administrado por holandeses, Ingleses e Franceses.

Dom Ildo e Dom Pedro 
Declarada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 1978, a ilha de Goré, constitui hoje um importante monumento à diáspora africana, recebendo anualmente mais de 100.000 visitantes e ilustres personalidades, entre elas François Mitterand, o Papa João Paulo II, Luís Inácio Lula da Silva, Bill Clinton, Nelson Mandela, Barack Obama.

Restos da Segunda Guerra Mundial
Na parte mais alta da Ilha de Goré, pode também visitar-se os restos de um bunker da segunda guerra mundial, ao qual se chega passando pelos mais variados “estabelecimentos comerciais” de artistas locais que vendem o seu artesanato. Claramente, a ilha vive hoje essencialmente do turismo.

Casa dos Escravos
Dom Pedro e Dom Ildo, como todos os que passam por Goré, fixaram maior atençao à “Casa dos Escravos”, maior  símbolo  da Ilha de Goré e da sua história: uma casa holandesa conservada da época (construída em 1776), cuja estrutura reflete a maior fonte de riqueza da época. Famílias inteiras eram aqui separadas, sendo cada elemento mandado para lugares tão longínquos e afastados entre si, como os EUA, Brasil ou Cuba.


Estando na “Casa dos Escravos”, como não pensar na visita e nas palavras  do Papa João Paulo II naquele 22 de fevereiro de 1992?  São passados 25 anos da sua peregrinação à ilha de Goré no âmbito da sua visita pastoral ao Senegal. Definindo a ilha “santuário da dor negra”, o Papa falou desses nossos irmãos em termos de vítimas desse “hediondo comercio” e exclamou:

Cartaz recordando os 25 anos da visita do Papa João Paulo II ao Senegal
“Vim para prestar homenagem a todas as vítimas desconhecidas. Não se sabe exatamente quantos eram. Não se sabe exatamente quem eram. Infelizmente, a nossa civilização que se dizia e que se diz cristã, retornou também durante o nosso século, à prática da escravidão. Nós sabemos o que eram os campos de extermínio. Aqui tem um modelo. Nós podemos imergir-nos a tragédia de nossa civilização, da nossa fraqueza e pecado. Devemos permanecer fiel a outro grito, a de São Paulo, que disse: ‘Ubi peccatum abundavit, superabundavit gratia’” (Onde abundou o pecado, superabundou a graça, (Rom. 5:20).
Papa João Paulo II na porta Sem Retorno na Casa dos Escravos
Na visita dos dois bispos à Ilha, uma senhora muçulmana, que procura ganhar a vida vendendo alguns artesanatos, com tanta alegria, disse-lhes, com tanta alegria,  que o seu filho nasceu no dia que o Papa foi à Ilha e que, “em homenagem ao Santo Padre, deu-lhe o nome de ‘Jean Paul’”. Tiveram a felicidade de conhecer o Jean Paul que se mostrou muito feliz por ter este nome.

https://www.youtube.com/watch?v=63a3yBtZnxw – ver vídeo da visita do Santo Padre à “Casa dos Escravos”




sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

SENEGAL: FUNDAÇÃO JOÃO PAULO II PARA O SAHEL REUNIU-SE


 
Países membros da Fundação João Paulo II
Apoiada na celebração eucarística, na oração, na escuta da Palavra de Deus e na partilha fraterna, teve lugar, de 21 a 25 de fevereiro, na residência das Irmãs Franciscanas, em Dakar, Senegal, a 35ª Sessão Conselho de Administração da Fundação João Paulo II para o Sahel, a qual foi confiada pelo Santo Padre desde a sua criação, em 1984, ao Pontifício Conselho Cor Unum e que agora faz parte das competências do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral. Do Conselho de Administração participaram o vice-secretário de tal Dicastério, Pe. Giampietro Dal Toso, como observador da Santa Sé e o Núncio apostólico no Senegal, Dom Michael Wallace Banach que animou uma reflexão sobre a Fundação e sua vocação se serviço aos pobres do Sahel e ofereceu um jantar aos participantes do Conselho na Nunciatura Apostólica. Tomaram parte no jantar Dom Benjamin Ndyae Arcebispo de Dakar e Presidente da Conferência Episcopal do Senegal, Mauritânia, Cabo Verde e Guiné-Bissau, e o Arcebispo emérito de Dakar, Cardeal Teodoro Adrien Sarr.  

Participantes

O Conselho de Administração da Fundação João Paulo II para o Sahel, sob a presidência de Dom Lucas Kalfa Sanou, Bispo de Banfora, Burkina Faso, é composto por 09 bispos administradores representando os seguintes 09 países do Sahel: Burkina Faso, Cabo-Verde, Chade, Gâmbia, Guiné-Bissau, Mali, Mauritânia, Níger e Senegal. Dom Pedro Zilli representou a Guiné-Bissau.





Visando melhorar qualitativamente as condições de vida das comunidades dos 09 países referidos, com a colaboração, em particular, da Conferência Episcopal Italiana, da Conferência Episcopal Alemã e da Igreja local, a Fundação realiza, em nome do Santo Padre, projetos na luta contra a desertificação, gestão e desenvolvimento das unidades agrícolas, busca da água potável, energias renováveis, formação de pessoal técnico qualificado, etc.

Durante a reunião
Ao longo dos anos, ela tem promovido também o diálogo inter-religioso: a maioria dos beneficiários, de fato, é de religião muçulmana. A problemática da migração, do terrorismo foi tida na devida consideração por parte dos participantes ao Conselho.
Os dados mais recentes do Índice de Desenvolvimento Humano, que mede o índice de desenvolvimento humano para cada País, mostram que, entre os últimos 20 da lista, 19 pertencem à África e, destes, 7 estão localizados na região do Sahel. Para agravar a situação estão, especialmente hoje, as frequentes crises alimentares, o exaurimento dos recursos naturais, sobretudo hídricos, e a violência perpetrada na população da zona, que se vê a braços com a presença de grupos extremistas.

Na capela



BAFATÁ: FORMAÇÃO CV-AV "CORAÇAO VALENTE, ALMA VALENTE



De sexta-feira a domingo, dias 17 a 19 de fevereiro, 227 membros da ação católica para a evangelização das crianças – CVAV- provenientes de diferentes Secções de Base de Base da Diocese de Bafatá participaram, nas dependências da Escola São Francisco Xavier, em Bafatá, de uma sessão de formação. De Bafatá eram 73; Bambadinca 52, Buba 28, Gabu 46, Quebo 09, Tite 04.



Na formação, os participantes trataram temas como: tóxico e álcool, saúde sexual reprodutiva, vantagens e desvantagens os métodos contraceptivos e aborto. Juntamente com os casais do encontro diocesano de famílias, os valentes participaram das missas na sexta, sábado e domingo e da adoração eucarística na sexta. 

BAFATÁ, ENCONTRO DIOCESANO DA FAMÍLIA


De sexta-feira a domingo – dias 17 a 19 de fevereiro, 63 pessoas participaram do encontro diocesano das famílias das paróquias e missões da Diocese de Bafatá. O encontro que foi marcado por momentos intensos de oração e de participação na Santa Missa, foi pontuado pelos seguintes temas: O matrimônio na Bíblia, orientada pelo Pe. José Pizzoli; Exortação Apostólica “Amoris Laetitia”, Pe. José Pizzoli; O matrimônio como sacramento, Pe. Antonio Ambona; O casamento tradicional, Pe. Alberto Gomes.

No domingo, após a participação na Santa Missa na Sé Catedral, presidida por Dom Pedro Zilli e concelebrada pelos padres Alberto Gomes, António Ambona e Lúcio Espíndola Santos, os casais se reuniram para uma avaliação daquilo que foi o encontro. Entre os pontos positivos, o grupo sublimou a importância dos temas apresentados; bom acolhimento por parte da Bafatá; maior compreensão da beleza do matrimônio e aprofundamento de que as dificuldades inevitáveis são superáveis na fé, no amor ao sacramento e na oração. A formação ajudou muito na animação da vida familiar; o testemunho dos casais Diácono Pedro e Salete Lang, Leandro e Perola e Tcham Bedamone e Maria Augusta marcou profundamente os participantes, deixando-os “encantados”.  No que se refere ao que se deveria melhorar, foi dito que os temas eram muitos para tão pouco tempo; necessidade de mais testemunhos de casais nacionais para ver como “enfrentar e superar as dificuldades matrimoniais”; pouca participação das famílias de Bafatá.


Foram dadas algumas sugestões para os encontros futuros: que os párocos sensibilizem as famílias para uma maior participação, dever-se-ia ter mais tempo para o aprofundando dos temas “de modo que se saia do encontro com ideias mais maduras sobre a vivência familiar”; convidar os jovens a participar dos encontros; necessidade de uma manual de formação familiar; necessidade de maior suporte econômico aos casais para a sua participação nos encontros; que se fale da educação dos filhos; da religião tradicional africana para “um discernimento dos seus valores e contra valores a serem integrados ou não no cristianismo”.


Dom Pedro que participou no momento da avaliação agradeceu a comissão diocesana da família, cujo coordenador é o Pe. António Ambona. Agradeceu igualmente todos os participantes pelo esforço de deixar suas casas para vir participar do encontro.


INAUGURAÇÃO DO JARDIM INFANTIL SANTA MONICA DE BOLAMA


Em companhia do Pe. Angelo Saraceno e um grupo de paroquianos da Paróquia Santa Lucia, na cidade de Augusta, Sicília, geminada com a Paróquia Nossa Senhora da Graça de Bafatá, desde 2002, na quarta-feira, dia 15 de fevereiro, Dom Pedro Zilli esteve em Bolama para, na tarde do mesmo dia, inaugurar o Jardim Infantil carinhosamente dedicado a “Santa Mônica” e que funcionava há anos numa estrutura muito precária, nada conforme aquele mínimo necessário pedido a um ambiente para esta finalidade. 


A cerimônia de inauguração, que iniciou com a bênção do Jardim por Dom Pedro Zilli e com o Hino Nacional da Guiné-Bissau, foi vivida de modo muito intenso, contou com a participação da comunidade cristã, representantes dos evangélicos, dos muçulmanos e autoridades administrativas de Bolama. Todos estavam muito felizes.


O Jardim Infantil Santa Mónica foi construído graças ao grande apoio do Pe. Geraldo Schneider, sacerdote alemão, residente em Maringá, Paraná, Brasil, há muitos anos e às Fundações Infância e Valora, ambas na Espanha.  
Referindo-se aos benfeitores, o Pároco Pe. Abraão Ambessum disse que “se a construção é hoje uma realidade, é porque pessoas generosas deram seu contributo, abrindo seus corações para os mais necessitados”. Dom Pedro Zilli pediu a todos que rezassem pelo Pe Schneider, pelos amigos da Espanha, pelos padres e Irmãs de Bolama, pelas Educadoras, crianças e seus familiares. Sublinhou sua alegria pela graça de “uma construção tão essencial para o desenvolvimento de tantos meninos e meninas nos seus primeiros passos na formação escolar”. Recordou que “a nova construção, que abriu suas portas, em setembro do ano passado, para o ano letivo 2016-2017, acolheu 73 crianças e pode acolher ainda mais”.



Dom Pedro, exortando a todos a louvarem a Deus pelo dom do Jardim Infantil, concluiu: Peçamos a Santa Mônica que interceda pelas crianças de Bolama como intercedeu pelo seu filho Agostinho”. Irmã Dorilene apresentou a figura de Maria Montessori, que dá o nome ao Liceu da Paroquia de Bolama. Ela é mundialmente conhecida por ter criado o método Montessori - chamado por ela de Pedagogia Científica - e ter revolucionado a forma como a criança é compreendida e respeitada. Apresentou igualmente Santa Mónica, mulher preocupada pelo bom comportamento familiar. As crianças encenaram a vida de Santa Mónica.
Nos discursos feitos pelos vários intervenientes, foi dito, entre outros aspectos, que este dia 15 “é um dia muito importante para a ilha de Bolama”, pois se abençoava e se inaugurava um “edifício de grande qualidade que se constitui num sinal de esperança”. Foi dito sobre a importância de se cuidar do edifício que nos “foi dado para o bem de todos e que todos se empenhem para a sua preservação condigna”.



Na placa que foi colocada à entrada do Jardim, está escrito o seguinte:

JARDIM INFANTIL SANTA MONICA BOLAMA
A construção iniciou no dia 12/12/2015, terminou no dia 18/06/2016. Inaugurado pelo Bispo Dom Pedro Carlos Zilli, Bispo de Bafatá. Agradecemos ao Pe. Geraldo Schneider, Fondation Infância e Fondation Valora.
Bolama, 15/02/2017


quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

SÃO FRANCISCO E SANTA CLARA: VISITA DOS VOLUNTARIOS ITALIANOS

Cesare, Rita, Dom Pedro, Paolo e Samuel
De 5 a 11 de fevereiro, o grupo de voluntários italianos nas pessoas de Rita de Paoli, Paolo Rezzele, Samuel Isolta e Cesare Campagnola, representantes das Associações Rete Guinea Bissau e Crescere Insieme, fizeram uma visita à empresa agrícola de São Francisco da Floresta para verificar o andamento da fábrica e da produção agrícola.



No dia 9, quinta-feira, os voluntários se encontraram com os trabalhadores que vivem em São Francisco para ilustrar a situação econômica de 2016 e o orçamento previsional para 2017 com base na colheita de 2016; além disso, foi comunicado a quantidade de castanha de cajú confeccionada ate aquela data. 


Sexta-feira, 10, o grupo se encontrou com Dom Pedro Zilli, o ecônomo da Diocese Pe. José Pizzoli e o responsável da fábrica Diego Mamasamba para fazer o ponto das atividades. Sábado, dia 11, comemoração de Nossa Senhora de Lourdes, os amigos participaram da missa celebrada por Dom Pedro Zilli na capela da casa do bispo.


Depois do café da manha, o grupo agradeceu pelo acolhimento e pela hospitalidade oferecida, renovando o empenho de encontrar-se no próximo ano em São Francisco para juntos com os responsáveis da diocese fazer novamente o ponto da situação, esperando por tempos melhores.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

NDAME ACOLHE A JORNADA DA VIDA CONSAGRADA 2017


Sob o lema “testemunhas da esperança e da alegria”, nos dias 03 e 04 de fevereiro, sexta-feira e sábado, o Centro de Espiritualidade de Ndame, nas proximidades de Bissau, acolheu a Jornada da Vida Consagrada na Guiné-Bissau, na qual participaram 73 consagrados e consagradas de origem guineense e de vários países: Brasil, Itália, México, Portugal, Índia, Equador, França, e vários países da Africa


No encontro, marcado pela celebração da Eucaristia, momentos de orações, muito entusiasmo, fraternidade e descontração, foi dito que o lema “testemunhas da esperança e da alegria” recorda aos consagrados “o valor do testemunho para infundir a esperança nos corações e confessar a alegria da salvação que alcançamos em Jesus Cristo”.


Para a sua reflexão com os consagrados e consagradas, Dom Pedro Zilli serviu-se das palavras do Papa Francisco que, na manhã de sábado (28/01/17), no Vaticano, recebeu na Sala Clementina, cerca de 100 participantes na Plenária da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica. Realçou que o Papa expressou sua satisfação em receber os membros da Congregação que, naqueles dias, em sua plenária, refletiram sobre o tema da “fidelidade e dos abandonos”. Na sua reflexão, Dom Pedro sublinhou os seguintes pontos: ser sinal e instrumento de comunhão, de fraterno auxílio reciproco; fidelidade e abandonos; Perseverança e coragem; A vida consagrada, dom à Igreja.

No Plenário, os participantes sublinharam vários aspetos sobre a vivência dos consagrados e consagradas na Guiné-Bissau, dos quais destaque-se: há uma boa colaboração e partilha entre eles; união na alegria e no sofrimento; espirito orante; fidelidade fundada no conhecimento e no amor a Jesus Cristo; a vida consagrada é um dom a ser renovado a cada dia.
Na missa conclusiva da Jornada, os participantes desejaram boas-vindas à Madre Geral das Irmãs Oblatas do Sagrado Coração de Jesus e se despediram da Irmã Irene Motta da mesma congregação, com seus 92 anos de idade retornou à Itália.


Recorde-se que, no dia 02 de fevereiro, dia em que a Igreja faz memória da Apresentação de Jesus no templo, celebra-se o Dia da Vida Consagrada. O episódio evangélico constitui um ícone significativo da doação da própria vida por parte de quantos foram chamados a representar na Igreja e no mundo, mediante os conselhos evangélicos, os traços característicos de Jesus, casto, pobre e obediente, o Consagrado do Pai.







SETORES PASTORAIS LESTE E SUL DA DIOCESE DE BAFATÁ REALIZAM ENCONTRO VOCACIONAL

Vocacionados Setor Pastoral Sul
Sob o tema “tomar consciência da própria vocação”, no sábado, dia 28 de janeiro, o Setor Pastoral Sul realizou em Buba, um encontro para vocacionados das Paroquias e Missões do Sul, tendo contado com a participação de 22 jovens e adolescentes; no domingo, dia 29, foi a vez do Setor Pastoral Leste realizar seu encontro na cidade de Gabu. Participaram do encontro 25 jovens de Bambadinca, Contuboel, Bafatá e Gabu.


Vocacionados Setor Pastoral Sul 
Em Buba, o encontro foi animado pelo Pe. Inácio Djú, coordenador diocesano da Comissão das Vocações e Irmã Desalesch Markos Desta, coordenadora vocacional no Sul da Diocese e membro da Comissão Diocesana. O objetivo do encontro era ajudar os vocacionados a tomarem consciência da própria vocação. Refletindo sobre o tema, Pe. Inácio mostrou aos participantes alguns chamados bíblicos: Abraão, Moisés, Samuel, Jeremias. Foi apresentado um filme sobre o chamado do Profeta Jeremias.

Vocacionados Setor Pastoral Leste
Em Gabu, o encontro vocacional do Setor Pastoral Leste, foi animado pelas Irmãs Clarissas Franciscanas e a Comunidade Católica Nova Aliança. Pe. Francisco Fernandes orientou os vocacionados a tomarem consciência da sua própria vocação, refletindo sobre o tema “bu tcoman, Alin li” (tu me chamaste, eis-me aqui).

Vocacionados Setor Pastoral Leste
Tanto em Buba, como em Gabu, os participantes voltaram para as suas casas muito contentes pedindo “mais encontros deste tipo, pois fortificam a fé em Cristo e dão coragem na caminhada vocacional”.


sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

AJOPAIS EM FORMAÇÃO


Nos dias 27 a 29 de janeiro, sexta-feira a domingo, realizou-se em Bambadinca, uma formação a nível diocesano para os jovens pais e mães, com filhos antes do matrimónio. Na formação, com cerca de 30 participantes, foram tratados os seguintes temas: 1. causas e consequências do aborto, orado pelo Doutor David. 2. Posição da Igreja sobre o pecado do aborto, orado pelo Pe. Francisco Fernandes. 3. Valor do matrimónio cristão, orado pelo Pe. Maio da Silva. Antes da apresentação dos temas, foi exibido um documentário intitulado “Vida a dois”, apresentado pela Irma Maria Salomé Pinto.


 No sábado de manhã, Dom Pedro Zilli esteve com os jovens pais. Ao dirigir-lhes algumas palavras, não escondeu o paradoxo que pode existir quando se fala em AJOPAIS – Associação Jovens Pais - institucionalizando o grupo, como fosse dado a ele, uma carta-branca para dizer que os jovens podem ter filhos antes do casamento e depois se associarem dentro da Igreja. Ressaltou que a Igreja “sonha algo diferente para os jovens”. Por outro lado, Dom Pedro mostrou-se contente pelo fato de os filhos terem tido a graça de nascerem, não tendo sido abortados, e pelo fato de ver os jovens pais interessados em continuar sua formação cristã em vista do matrimónio. Durante a partilha, os participantes sublinharam algumas causas que levam à demora para se casarem: 1. medo da responsabilidade; 2. falta de meios económicos; 3. falta de fé na Providencia Divina. 


No final Pe. Maio, coordenador diocesano da juventude, pediu aos participantes que levem a sério os compromisso assumido e que não deixem de ser cristãos no relacionamento enquanto jovens pais.  Assim a formação foi encerada com a missa dominical presidida pelo Pe. Dingana Siga.

DIOCESE DE BAFATÁ: FORMAÇÃO SOBRE A INCULTURAÇÃO



No sábado, dia 28 de janeiro, no Salão Dom Settimio Arturo Ferrazzetta, da cúria diocesana de Bafatá, realizou-se uma  formação sobre a inculturação. Ajudados pelo Pe. Alberto Gomes, coordenador da comissão diocesana de inculturação, os 17 participantes, representando as Paroquias/Missões de Bafatá, Bambadinca, Bedanda, Bolama, Catió, Empada, Gabu, Quebo e Tite aprofundaram as seguintes questões: 1. Sendo cristão, é legítimo “tocar-choro” para os familiares falecidos? 2. Qual é o teu ponto de vista, como cristão ou cristã, sobre as crenças tradicionais dominante (“kume-alma”, “ságuia”, “djambakos ou mouros”, “irãs”, “balobas”, “kansarés”, “malita”, “ferradia”, “djon-gago”…)? 


Essas crenças tradicionais podem ou não atrapalhar a tua fé em Cristo? A formação, que contou com uma saudação de Dom Pedro Zilli, foi considerada muito positiva, tendo os participantes manifestado o desejo de que seja “mais prolongada e com mais vezes, pois são temas que tocam o mais profundo da cultura a ser evangelizada”. O próximo encontro ficou marcado para o próximo mês de maio. 

domingo, 5 de fevereiro de 2017

CACINE: INAUGURAÇÃO E BENÇÃO DA CASA DA MISSÃO CATÓLICA




No sábado e domingo, dias 21 e 22 de janeiro, em companhia do Pe. Abraão Ambessum – pároco de Bolama -, Irmã Dorilene de Bolama e do condutor Domingo Mandjaco, Dom Pedro Zilli esteve em Cacine para a inauguração da residência da Missão Católica, construída graças às Pontifícias Obras Missionarias, as Irmãs de São Pedro Claver, o PIME, as Missionárias da Imaculada, uma Paróquia de Milão, e sobretudo, aos Oblatos de Maria Imaculada (OMI) e seus benfeitores da Itália. Uma obra que, segundo Pe. Daniel Aliou Mane, “foi realizada com muito amor, sacrifício, fraternidade, solidariedade e generosidade”. 
Rito de entrada dos catecúmenos
Na Missa do terceiro domingo do tempo comum A e quinto dia do oitavário de orações pela unidade dos cristãos, Dom Pedro agradeceu ao Senhor pela entrada no catecumenado de 17 membros da comunidade, sublinhando que, “pela primeira vez, Cacine está viver a graça de ter um grupo de catecúmenos”. Disse aos catecúmenos que “gostaria de batizá-los quando o dia estiver maduro para tal”. 

Dom Pedro, Pe. Daniel e catecúmenos
Dom Pedro agradeceu ao Senhor pelo dom da residência da Missão Católica, a primeira na história da Igreja católica naquela terra do Sul da Guiné-Bissau da Diocese de Bafatá. Realçou que o empenho pela realização da obra “é um sinal de que a Igreja quer residir para sempre naquelas paragens e ser sinal de Cristo, Luz do Mundo”. Após expressar seu agradecimento às Pontifícias Obras Missionarias, às Irmãs de São Pedro Claver, ao PIME, às Missionarias da Imaculada, a uma Paróquia de Milão, aos trabalhadores da construção, Dom Pedro disse: “agradeço, de modo todo particular, os Missionários Oblatos por terem acolhido, de bom grado, o meu convite para iniciar uma presença em Cacine. Agradeço seus benfeitores que, graças ao seu contributo, com trabalhos voluntários e ajuda económica, foi possível construir a casa da Missão em tempo recorde”. 

Dom Pedro, Pe. Daniel, autoridades e lideres religiosos de Cacine
Dom Pedro agradeceu os Oblatos presentes na inauguração e na celebração: os responsáveis da Missão Pe. Daniel Aliou Mané e Carlos Andolfi; os padres Roberto Gallina, Diac. Joseph Sadjo, Frei Benoit Diouf, Frei Jean Noel. Agradeceu o Pe. Marcellino Sgarbossa que representava os benfeitores italianos, dos quais, um grupo participou do feliz momento vivido. Agradeceu o economato de Bafatá pelo apoio na elaboração dos projetos e nas transferências de dinheiro para a execução da obra. Pe. Carlos Andolfi agradeceu a presença de Dom Pedro, Pe. Abraão, Irmã Dorilene e Irmã Benigna Teixeira Morais das Irmãs São José de Cluny, missionária em Farim. 


Reforçando as palavas de Dom Pedro, agradeceu o Pastor Valberto, da Igreja Evangélica, presente na celebração, pelo acolhimento em sua casa quando os Oblatos chegaram em Cacine no mês de novembro de 2014. Agradeceu as Missionárias da Imaculada que estavam em Cafal até maio de 2016 e que foram de “grande apoio”. Agradeceu todos os missionários que passaram por Cafal, antes de os Oblatos chegaram, entre os quais, recordou especialmente, os Padres Gianfranco Gottardi, OFM e Fabio Motta, PIME. 

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

OFICINA CARITAS NA DIOCESE DE BAFATÁ


O Conselho Caritas Bafatá realizou a Oficina Caritas, nos dias 20 a 23 de janeiro, sexta a segunda-feira, na cúria diocesana de Bafatá, conjuntamente com as comissões diocesanas da Família e da Juventude e adolescência. Nomeado como oficina pois foi utilizada a lógica de workshop, com parte teórica e prática, experimentando o que se aprendeu na formação. 
O Oficina propos-se a ajudar os jovens e as famílias a viverem a caridade no dia-a-dia, analisando e entendendo melhor as obras de misericórdia para que possam coloca-las em prática nas paróquias e missões, fomentando as caritas paroquiais.
Foram convidados dois jovens e um casal por cada paróquia ou missão, totalizando 50 pessoas que participaram da oficina.


Na sexta-feira, as atividades iniciaram logo após o almoço com uma breve cerimônia de abertura feita pelo bispo Dom Pedro, seguida de uma apresentação da programação desta Oficina. Depois os participantes se apresentaram individualmente e na sequência  houve uma palestra de introdução com o tema: “Pobres e Misericórdia - abrir os olhos e o coração”, ministrado pelo Pe. Giusepe Pizzoli. À noite, após à celebração da Missa e do jantar, houve a apresentação do filme “um toque no coração”.


Já no sabado pela manhã, após a missa na capela da missão católica, Pe. Lucio Brentegani fez uma breve introdução sobre a realidade da pobreza que arrisca de passar desapercebida. Pediu aos participantes que, individualmente, saíssem para os bairros, e que, nesta experiência, abrissem os olhos e o coração para os acontecimentos ao seu redor, observando as dificuldades e alegrias. Pela tarde fizeram partilha do que foi visto na cidade de Bafatá, onde trocaram belas experiências. Também receberam o testemunho de várias pessoas em diversas áreas em que a Caritas atua, como prisão, hospital, casa das mães, centro de recuperação nutricional e pessoas com deficiência.


Domingo, o dia começou com a santa missa na catedral com a comunidade paroquial. Em seguida Pe. Lucio apresentou a mística da Caritas e refletiu sobre as passagens do bom samaritano e do lava pés. Depois os participantes foram divididos em grupos e enviados para experiência missionária no hospital, no presídio, na Casa das mães e na casa do Mamadu Si, portador de deficiência beneficiado por um projeto realizado pela Caritas Bafata, onde almoçaram e passaram o dia.


No último dia, segunda-feira, participaram da missa de encerramento presidida por Dom Pedro, e fizeram uma breve avaliação do encontro, concluindo que foram dias de muito aprendizado teórico e prático. Os participantes retornaram para suas missões e paróquias motivados a agir como Jesus, que se aproximou dos mais necessitados de amor. Conforme palavras de Dom Pedro, o Conselho Caritas Bafata espera que esta oficina possa animar intensamente as ações caritativas de toda diocese, frisando que o cristão deve agir na dimensão vertical e horizontal, em oração a Deus e em amor aos pobres.