Na segunda-feira, dia
21 de outubro, na celebração eucarística presidida por Dom Pedro Zilli e
concelebrada por Dom José Câmnate, Bispo de Bissau, Dom José Lampra Cá, Bispo
Auxiliar de Bissau, responsáveis e professores, teve lugar no Seminário Maior
Interdiocesano Dom Settimio Arturo Ferrazzetta, em Bissau, a abertura do ano
académico 2019-2020 do mesmo Seminário e os Ritos de Admissão entre os
candidatos ao sacerdócio, Leitorado e Acolitado de 17 seminaristas: 05 no
Ministério de Leitor; 06 no Ministério de Acólito e 06 no Rito de Admissão
entre os candidatos à Ordem Sagrada, dos quais, 09 da Diocese de Bafatá e 08 da
Diocese de Bissau.
A celebração, além de
ser marcada pelo Mês Missionário Extraordinário, contou com outros motivos de
ação de graças ao Senhor: a Profissão Perpétua de 03 irmãs Congregação do
Divino Espirito Santo para a Evangelização, no sábado, dia 19 de outubro: Irmã
Clementina Abu, Irmã Regaldina Gomes, Irmã Zaida Bacamé Vaz. São as 03
primeiras da Congregação diocesana de Bissau; outro fato recordado na oração,
foi a beatificação, também no sábado, dia 19, em Crema, na Itália, do Pe.
Alfredo Cremonesi, Missionário do PIME que foi martirizado no Myanmar no dia 07
de fevereiro de 1953. Ele escreveu que se “nascesse mil vezes, mil vezes me
tornaria missionário”. Padre Cremonesi foi beatificado pelo Cardeal Angelo
Becciu, Prefeito da Congregação para as causas dos santos que, na homilia,
apresentou Pe. Alfredo como “um exemplo para os jovens de uma vida doada sem
limites”; outro motivo de oração foi Sínodo Especial para a Amazónia: “Novos caminhos
para a Igreja e para uma ecologia integral”.
Na homilia, Dom Pedro
sublinhou que “o Seminário inicia seu ano académico com um presente para todos
nós, para nossas dioceses, para toda a Igreja: a Instituição dos Leitores, dos
Acólitos e o Rito de Admissão entre os candidatos à Ordem Sacra”. Ressaltou que
“nossos seminaristas chegaram no dia de hoje, porque Deus deu-lhes esta graça,
porque pegaram firme na sua formação, porque as famílias os ajudaram, porque as
comunidades rezaram por eles, os benfeitores os apoiaram com seus bens e porque
os bispos e seu staff nunca se cansaram: trabalharam para garantir condições
essenciais para um bom ambiente formativo”.
No final da celebração
Dom Pedro apresentou a Sra. Janaína Lúcia Novais A. Costa, que juntamente com
seu marido José Costa Filho, fundou a Comunidade Católica Nova Berith, em João
Pessoa, Paraíba. Ela veio à Guiné-Bissau para visitar a Comunhão Missionaria,
em Bissau, que conta com a participação da Nova Berith, visitar os bispos e
outras comunidades das Dioceses de Bissau e de Bafatá. Aos participantes na
celebração, Janaina que veio com a Sra. Edvânia Marinho, Fundadora da
Comunidade Casa da Paz, de João Pessoa, Paraíba, explicou o carisma da Nova
Berith, dizendo que sua “Missão é ser sorriso de Deus para o Mundo e levar
esperança aos que sofrem”. Falou da sua alegria em estar na Guiné e poder
participar da celebração tao bonita. Disse que veio para trazer o “sorriso de
Deus” que já estava por aqui. Reafirmou a disponibilidade do acolhimento na
casa da “Comunhão Missionária”.
Pe Marcos Baliu
apresentou os professores para este ano e falou da vinda de professores
brasileiros.
Neste ano 2019-2020,
o Seminário está a acolher 53 estudantes: dos quais 30 seminaristas das
Dioceses de Bissau e de Bafatá, 14 franciscanos, 07 irmãs, 02 leigos. Os
seminaristas das Dioceses de Bissau e de Bafatá vivem no Seminário. Os demais
estudantes vêm de outras comunidades.
Falando do ano académico,
na homilia, Dom Pedro enfatizou que “é neste ambiente de fé, de entrega a
Cristo, de martírio, de amor pelas Missões que nos juntamos no Seminário Maior
para iniciar mais um ano académico”.
Lembrou que “no início, todo mundo está
animado, com boa vontade de fazer muitas coisas, rezar mais, estudar mais, de
ser mais comunitário. Costuma-se fixar objectivos”. Enfatizou que “para se
viver estes objetivos, é necessário cultivar a virtude da perseverança e o
espírito missionário, é necessário renovar a própria vida cristã”. Citou a
maravilhoso desejo de Dom Pedro Casaldaliga, quando diz: “desejaria que todos e
cada um de nós pudéssemos visitar, pelo menos em espírito, a própria pia
batismal, mergulhar nela a nossa cabeça e descobrir a missionariedade do
próprio batismo…! Então, devo ser missionário. Se eu não sou missionário, então
não sou cristão”.