quinta-feira, 9 de julho de 2020

IGREJAS DO BRASIL E DA GUINÉ-BISSAU: COM PE. VIDELSON, PELA TERCEIRA VEZ, PROSSEGUIMENTO DO PROJETO DE COOPERAÇÃO MISSIONÁRIA


Pe. João Batista, Dom Câmnate, Pe. Videlson

No âmbito do Projeto de Solidariedade, que teve seu início em 2004, entre as Igrejas do Brasil e da Guiné-Bissau, de 30 de janeiro a 26 de fevereiro ’20, Pe. Videlson Teles de Meneses, da Arquidiocese de Aracaju, Sergipe, Brasil, esteve, pela terceira vez, na Guiné-Bissau, para dar aulas no Seminário Maior Interdiocesano Dom Settimio Arturo Ferrazzetta, em Bissau. Neste ano, Pe. Videlson deu aulas de Sagrada Escritura: Livros Históricos Legais e Livros Didácticos. 

Pe. João Batista, Dom Pedro Zilli, Pe. Videson
Pe. Videlson realçou que “foram semanas intensas, onde os alunos puderam aproximar-se mais da Palavra de Deus em textos narrativos e poéticos”.
Durante o estudo do livro dos Provérbios, houve a oportunidade de partilhar a sabedoria guineense expressa nos diversos ditos populares. Todos os alunos do curso sobre os Livros Didácticos compartilharam provérbios em crioulo. Alguns também em felupe, balanta e papel.



Padres Imbombo, Bernardo, Videlson, Francisco, Dom Pedro
O padre brasileiro também ministrou cursos sobre a Bíblia e o projeto pastoral da Diocese de Bafatá, “a Igreja anuncia o Evangelho com alegria”, nas cidades de Buba e Bafatá. Esteve na Paróquia Nossa Sra. d'Ajuda (Bissau) com um grupo de catecúmenos, conversando sobre a presença de jovens na Bíblia, que foram chamados por Deus para exercer uma missão, como Gedeão, Samuel, David, Maria, Timóteo. Participou do programa “Atualidade litúrgica” do Pe. António Imbombo na Radio Sol Mansi. 
Além disso, Pe. Videlson aproveitou a oportunidade para conhecer algumas Missões Católicas da Diocese de Bafatá: Gabu, Quebo, Contuboel, Bambadinca, participação no Dia da Vida Consagrada em Bafatá,…

Pe. Videlosn e alunos do Seminário
Reencontrou também vários ex-alunos, hoje ordenados padres, que estão actuando nas duas dioceses e em suas comunidades religiosas. Como já dito, esta foi a terceira vez que Pe. Videlson veio para dar aulas no Seminário. Já esteve aqui em 2008 e em 2010.
Desde 2004 quando teve inicio o Projeto de Solidariedade entre a Igreja do Brasil e a da Guiné-Bissau, com o Pe. Videlson, 18 professores vieram dar aulas no Seminário Maior Interdiocesano Dom Settimio Arturo Ferrazzetta, 02 dos quais vieram duas vezes e 01, Pe. Videlson, veio 03 vezes. Dos seminaristas, alunos destes 18 professores, 29 foram ordenados sacerdotes.
Neste ano 2020, além do Pe. Videlson, de 3 janeiro a 13 fevereiro, tivemos a presença do Pe. João Batista Toledo da Silveira, da Arquidiocese de Niterói, Rio de Janeiro. Ele lecionou Teologia Pastoral.
Pe.Videlosn na Radio Sol Mansi com Pe. Antonio Imbombo


segunda-feira, 6 de julho de 2020

38ª SESSÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA FUNDAÇÃO JOÃO PAULO II PARA O SAHEL, DAKAR, 17 A 21 DE FEVEREIRO DE 2020



No âmbito da 38ª sessão ordinária, o Conselho de Administração da Fundação João Paulo II para o Sahel, procedeu, na Pouponnière das Irmãs Franciscanas, em Dakar, de 17 a 21 de fevereiro de 2020, a avaliação das atividades implementadas durante o ano de 2019. 
A reunião, que contou com a participação de Sua Eminência, o Cardeal Peter TURKSON, Prefeito do Dicastério para o Serviço de Desenvolvimento Humano Integral e do Subsecretário do mesmo Dicastério, Pe. Nicola RICCARDI, foi vivida como um momento de comunhão espiritual entre os Administradores, fundada numa profunda reflexão sobre os grandes desafios que comprometem a paz no Sahel. 


A Sessão, que teve início na terça-feira, 18 de fevereiro, com uma cerimónia de abertura, na presença do Núncio Apostólico, Sua Excelência Dom Michael W. BANACH e do Arcebispo Metropolitano de Dakar, Sua Excelência Dom Benjamin NDIAYE, constituiu-se, para todos os participantes, numa oportunidade para reflectir sobre a implementação de projetos financiados pela Fundação João Paulo II, nos países do Sahel, em colaboração com as Caritas diocesanas.
No seu conjunto, a necessidade de reforçar a coesão social e a convivência é fundamental, uma vez que a desconfiança instalou-se, de maneira insidiosa, nas comunidades pela ação de grupos terroristas que buscam criar a divisão e o caos para melhor se instalarem. É necessário enfrentar tal situação. É por isso que a ação e o compromisso dos Administradores permitirão um reforço dos valores da paz no seio das comunidades. Por razões económicas, ambientais e de segurança, a Fundação, que é um instrumento da Igreja na busca do bem-estar da pessoa humana no Sahel, está a cumprir, com dificuldade, a missão que lhe foi confiada pelo Papa São João Paulo II.
Os trabalhos do Conselho de Administração foram presididos por Sua Excelência Dom Lucas Kalfa SANOU, Bispo de Banfora, Administrador representando Burkina Faso, Presidente do Conselho de Administração, coadjuvado por Sua Excelência Dom Paul Abel MAMBA, Bispo de Ziguinchor, representando o Senegal, Vice-Presidente do Conselho de Administração e, por Sua Excelência Dom Martin HAPPE, Bispo de Nouakchott, representando a Mauritânia e Tesoureiro do secretariado do Conselho de Administração.



- Participaram da sessão:
Sua Eminência Cardeal Peter TURKSON, prefeito do Dicastério para o Serviço de Desenvolvimento Humano Integral.
Membros Titulares:
- Mons. Lucas Kalfa SANOU, Bispo de Banfora, Administrador representando Burkina Faso, Presidente do Conselho de Administração,
- Mons. Paul Abel MAMBA, Bispo de Ziguinchor, Administrador representando o Senegal, Vice-Presidente do Conselho de Administração;
- Dom Martin HAPPE, Bispo de Nouakchott, Administrador em representação da Mauritânia;
- Dom Ambroise OUEDRAOGO, bispo de Maradi, administrador em representação do Níger;
- Dom Augustin TRAORE, bispo de Ségou, administrador em representação do Mali;
- Dom Pedro Carlos ZILLI, Bispo de Bafatá, Administrador em representação da Guiné-Bissau;
- Dom Martin Waingue BANI, Bispo de Doba, Administrador em representação do Chade;
- Dom Ildo FORTES, Bispo de Mindelo, Administrador em  representação Cabo Verde
  
 Observadores
- Padre Nicola RICCARDI Subsecretário do Dicastério para o Serviço de Desenvolvimento Humano Integral;
- Padre Moïse DEMBELE, do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral;
- Sr. Vincent KRIEGER, Observador Representante da Conferência Episcopal Alemã (CEA);
Membros associados:
– Pe. Prosper KIEMA, Secretário-geral da Fundação João Paulo II para o Sahel;
– Sr. Gustave OUEDRAOGO, Responsável Administrativo e Financeiro da Fundação João Paulo II para o Sahel;
– Sra. Béatrice Marie OUEDRAOGO, Secretária da Direcção da Fundação João Paulo II para o Sahel.


Após analisar a situação global de funcionamento da Fundação, votar por unanimidade o conjunto dos relatórios morais e financeiros e adotar o orçamento para o ano de 2020, os Administradores tomaram as seguintes decisões para a prossecução da missão da Fundação João Paulo II para o Sahel:
1. O Conselho de Administração adotou por unanimidade o Relatório do Conselho de Administração para 2019, o Relatório de atividades e o Relatório financeiro do exercício de 2019.
2. Tendo em vista os melhores resultados produzidos em 2019 na gestão dos fundos próprios da Fundação João Paulo II pela Conferência Episcopal Alemã e pelo Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, o Conselho de Administração decidiu suspender todas as démarche de transferência de uma parte dos fundos em África.
3. O orçamento de 2020 foi votado com uma dedução de 25% dos juros dos DAT (deposito a termo) produzidos ao nível do Secretariado durante o exercício financeiro de 2019, como uma contribuição para o funcionamento da Fundação.
4. O Conselho de Administração decidiu financiar os projetos de 2018 submetidos à Conferência Episcopal Italiana. Estes projetos serão financiados pelo juro produzido por nossos próprios fundos durante o ano de 2019, através da Conferência Episcopal Alemã e o Dicastério para o Serviço de Desenvolvimento Humano Integral.
5. No quadro da mobilização de recursos locais que envolva a participação de nossas dioceses do Sahel, no financiamento de projetos submetidos à Fundação, o Conselho decidiu deixar, para cada diocese, a iniciativa da escolha do dia para tal mobilização.
6. Para mais reflexões com o objetivo de melhor coordenar os esforços de mobilização, uma delegação do Dicastério e o Representante da Conferência Episcopal Alemã serão convidados para a reunião anual do Secretariado Permanente do Conselho de Administração.
7- A próxima reunião do Secretariado Permanente do Conselho de Administração está prevista para os dias 6 a 9 de julho de 2020 em Ouagadougou. Com a chegada prevista para 6 de julho e a partida para 9 de julho 2020.
8. O próximo Conselho de Administração da Fundação João Paulo II está programado para 1 a 5 de março de 2021 em Dakar, na Pouponnière das Irmãs Franciscanas, com a chegada prevista para 1º de março e a partida para 5 de março.









DIOCESE DE BAFATÁ: BAMBADINCA, FORMAÇÃO DE LÍDERES DOS GRUPOS DE ADOLESCENTES, DE JOVENS E MOVIMENTOS; NOVO PÁROCO E NOVO VIGÁRIO PAROQUIAL



 Teve lugar, em Bambadinca de 14 a 16 de Fevereiro, sexta-feira a domingo, a formação dos líderes de grupos de adolescentes, de jovens e movimentos. A missa de encerramento de tal formação, no Sexto Domingo Comum A, foi presidida por Dom Pedro Zilli que deu posse ao novo Pároco da Paróquia “Imaculado Coração de Maria” de Bambadinca, Pe. Avito Fernandes de Araújo e seu novo Vigário Paroquial, Pe. Luís Paulo da Costa Monteiro, cujas nomeações datam de 04 de fevereiro. 
Pe. Videlson Teles de Camargo, que veio, pela 3ª vez à Guiné-Bissau para aulas no Seminário Maior Interdiocesano Dom Settimio A. Ferrazetta, e que foi professor do Pe. Avito, concelebrou, juntamente com os padres Avito, Luis Paulo e Dingana Siga.



A formação que contou com a participação de 50 jovens e adolescentes de quase todas as paróquias e missões da diocese, aprofundou os seguintes temas: Plano Pastoral 2019-2020 (“no ianda djuntu tras di Jesus”) e a influência dos meios da comunicação sobre os adolescentes e jovens. A reflexão sobre o tema do Plano Pastoral 2019-2020 foi animada pela Irmã Estela González, que durante a sua explanação, sublinhou que o maior testemunho que podemos dar da Igreja é estarmos em comunhão, onde cada um assume a sua responsabilidade dentro da comunidade no serviço aos irmãos.


No segundo tema sobre “a influência dos meios da comunicação sobre os adolescentes e jovem”, Pe. Paulo de Pina Araújo mostrou que os meios de comunicação são muito úteis para os jovens se formarem e se informarem mas também podem ser um grande meio de perversão ou de desvios e de desinformação. Ressaltou que para seu “bom uso, é preciso equilíbrio e discernimento”.




DIOCESE DE BAFATÁ: VISITA DO PE. ANDREA BRUNELLI E MOMENTO DE FORMAÇÃO




Nos dias 05 a 20 de fevereiro ‘20, tivemos a alegria de acolher, em Bafatá, mais precisamente na Paróquia São Daniel Comboni, o Pe. Andrea Brunelli, sacerdote diocesano de Verona e psicólogo. Durante a sua visita, nos dias 10 a 13, segunda a quinta-feira, no Centro de Espiritualidade de Ndame, com o apoio do Pe. Lucio Brentegani nas traduções (italiano-português, português-italiano), Pe. Andrea ajudou o bispo Dom Pedro e os 22 participantes, entre Sacerdotes e Irmãs na Diocese de Bafatá – e algumas na Diocese de Bissau, no aprofundamento do tema da “OBEDIÊNCIA, POBREZA, CASTIDADE COMO ESCOLHA DA VIDA”, com enfoque no aspecto psicológico: Obediência, da Pobreza e da Castidade com suas ressonâncias psicológicas.

No texto que serviu de base para o aprofundamento, Pe. Andrea sublinha que “somente no discernimento e na oração é possível alcançar um entendimento do significado que os votos têm para a Igreja”. Com certeza, cada um dos participantes anotou pontos que o marcaram durante a formação. Nesta tentativa de dizer algumas coisas sobre os 03 dias de partilha, eis algumas lembranças do que Brunelli foi propondo: quem entra na vida consagrada, no seguimento de Cristo, deve-se colocar numa atitude de humildade na busca de um redimensionamento de sua vida. Isto só é possível no discernimento e na oração; a vida consagrada não considera a ambição da “carreira”; nada de sonhar com posições prestigiosas, sobretudo na vida externa (tornar-se cantor, politico, director de hospital…); a segunda vocação: trata-se de escolher o que se havia escolhido antes; são necessários 10 anos para harmonizar os mundos interno e externo, um tempo suficiente para uma reflexão, uma síntese pessoal.

A formação fundada na oração, na partilha, e em vários momentos de muito boas dinâmicas, fez com que o grupo, nem sentisse o tempo passar e saísse de Ndame mais coeso e mais reforçado na sua escolha vocacional e missionária para a realização de suas vidas no serviço dos irmãos. A partir dos conteúdos reflectidos, o grupo propôs-se a estar mais atento na relação entre padres e irmãs; estar mais atento na relação no interno da comunidade sacerdotal ou religiosa: superar o isolamento em que cada um vive no seu mundo, “mesmo morando na mesma casa”. Foi realçada a necessidade de se ter mais irmãs nas comissões diocesanas.