Na terça-feira, dia 03 de outubro, com participação de
Dom José Lampra Cá, Bispo Auxiliar de Bissau, das Missionárias da Imaculada
(MDI), padres, irmãs e amigos de Bafatá, representantes da Associação “Filhos e
Amigos de Geba”, os Missionários do PIME celebraram, em Geba, os 70 anos de
presença na Guiné-Bissau – maio de 1947-maio de 2017. 70 anos que acolheram 76
missionários, entre padres e irmãos e 02 Associados ao PIME; destes, 30 faleceram.
Nos últimos anos, o PIME passou a contar com 03 sacerdotes guineenses e com um significativo
grupo de seminaristas.
No início da celebração, Pe. Fabio Motta, Superior Regional do PIME, recordou o primeiro
grupo de missionários PIME chegou na antiga Guiné Portuguesa, no dia 25 de maio
de 1947, domingo de Pentecostes, depois de 10 dias de viagem de navio. O grupo
era composto por 06 padres e um missionário leigo: Pe. Settimio Munno,
Pe. Arturo Biasutti, Pe. Spartaco Marmugi, Pe. Efrem Stevanin, Pe. Filippo
Croci, Pe. Luigi Andreoletti e o Irmão Vincenzo Benassi. Tendo chegado em
Bissau, após poucos dias, o grupo foi destinado para Bafatá e Geba. Para Geba, foram os padres Stevanin, Croci e Andreoletti.
Pe. Fabio continuou dizendo que “recordar as
origens do PIME, na Guiné-Bissau, deve se tornar um estímulo para manter vivas
duas dimensões que caracterizaram o seu apostolado durante estes 70 anos: 1.
Privilegiar as periferias, as tabankas em relação à “praça” para aproximar-se
de todos; 2. Encontro com as culturas locais. Desde o início os missionários
ousaram ir contra as disposições obrigatórias do uso exclusivo da língua
portuguesa, adotando o crioulo”.
Leu o e-mail do
Pe. Giuseppe Fumagalli, na Itália para cuidados da saúde: “associo-me ao
agradecimento pelos 70 anos que o Senhor concedeu ao nosso PIME de trabalhar na
Guiné, ao pedido de perdão pelas eventuais negligencias existidas e peço a
graça de uma leitura serena do caminho que ele nos concedeu fazer, para
reconhecer e discernir os elementos positivos que nos ajudem a continuar numa
nova etapa com energias renovadas e com clareza de intentos”
Na homilia, Dom Pedro disse, entre outros aspectos:
“chegados a 70 anos de presença na Guiné-Bissau, o PIME tem todo o direito de
fazer um balanço positivo de sua atuação. O suor derramado, as malárias, os
cansaços, as frustrações, as dores da alma não foram em vão. Tudo está no
coração de Deus e de muitos guineenses que reconhecem a importância do
Instituto ao serviço da Igreja e de tantos irmãos e irmãs deste País e desta
Igreja que nos acolheram. Acolheram-nos e nos consideram ‘de casa’; Sentem-se
amados por nós e nos amam. Quando eu voltei à Guiné-Bissau, como bispo, em
2001, uma senhora me disse que ‘eu era um filho que voltava para casa’”.
Dom Pedro salientou que, nos próximos 70, “os
missionários do PIME deverão continuar a irradiar entusiasmo, ajudando a Igreja
da Guiné-Bissau na compreensão da beleza de uma vida dedicada totalmente à
Missão, sem reservas, numa total gratuidade”. No final da Homilia, Dom Pedro disse: “que o Senhor
abençoe o Dom José Lampra Cá – aqui conosco e que muito nos honra - abençoe Dom
José Câmnate, o Vigário Geral de Bafatá, Pe. Domingos da Fonseca, Pe. Gaudêncio,
Missionário PIME na Papua Nova Guiné, todo o PIME no mundo, às Missionarias da
Imaculada, Padres e Irmãs de Bafatá, o casal Leandro e Pérola, os ‘Filhos e
Amigos de Geba’, Pe. Alberto Gomes e paroquianos da Paróquia Nossa Senhora da
Graça, pessoal da cúria e da missão que muito trabalhou para o bom êxito deste
dia”.
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