No sábado, dia 23 de setembro, as Irmãs
Franciscanas de Cristo Rei (IFCR) retornaram à Missão Católica de Bedanda, Sul
da Diocese de Bafatá. Foram 15 meses de ausência que tiveram seu início na
noite de 2ª-feira, dia 6 de junho de 2016, noite em que a casa das irmãs foi
atacada por três bandidos armados. As duas que estavam na casa naquele momento
de dor, sofreram muito. Reabriram estavelmente a casa, as Irmãs Maria Pia
Garbui, Irmã Judite Mansebo e Irmã Leôncia Rosara. Sublinhe-se que nos 15 meses
de ausência, as irmãs não deixaram de ir a Bedanda para encontrar a comunidade,
fazer determinados trabalhos, etc.
No domingo, dia 24, na missa presidida por Dom
Pedro Zilli e concelebrada pelos Freis Benício e Máximo, Franciscanos de Caboxangue
que assistem pastoralmente a comunidade, num ambiente de alegria pelo retorno
das irmãs, a Irmã Leôncia disse que “Bedanda foi nossa primeira missão na
Guiné. Ambiente de vida, de aprendizagem, de serviço, oportunidade de colaboração
preciosa para nós, desde 1985”. Disse ainda que “nossa volta é como uma
retomada mais consciente, mais profunda, quem sabe uma ‘refundação’”. No final
da sua mensagem, Irmã Leôncia disse: “Muito obrigado ao nosso Bispo Dom Pedro
que nos acompanhou e que está presente, aos Padres sempre fieis em seu serviço,
à comunidade e a todos”. Dom Pedro, os Freis Benício e Máximo e toda a
comunidade manifestaram todo o seu contentamento pelo retorno das irmãs.
Após
às palavras da Irmã Leôncia, Dom Pedro disse que “com as irmãs, Bedanda é mais
bonita, mais alegre, mais feliz. Sem as irmãs, Bedanda é mais feia, mais
triste, mais infeliz”. Agradeceu as Irmãs Franciscanas de Cristo Rei pela
presença de 32 anos naquela Missão Católica dedicada a São Paulo Apóstolo.
Agradeceu a Superiora Geral e todas as irmãs que, em Bedanda, serviram a Deus,
a Igreja e ao povo, “cada uma com seu jeito, suas fragilidades, mas sobretudo,
com seu amor”; Agradeceu os Freis de Caboxangue pela presença continuada,
especialmente neste mais de um ano de ausência da irmãs; Agradeceu a comunidade
pelo espírito de família vivido com as irmãs durante todos os anos de serviços
por elas prestados; Agradeceu as autoridades, régulos, muçulmanos e amigos de
Bedanda que, especialmente nos momentos de maior dor, estiveram próximos das
irmãs. A seguir, Dom Pedro disse: “felizes pelo retorno das irmãs, é hora de
iniciar uma nova caminhada, aproveitando de toda a experiencia vivida,
conquistas, fracassos, procurando caminhos novos, com coragem nova, com ‘o mesmo entusiasmo dos cristãos
da primeira hora; podemos contar com a força do mesmo Espírito que foi
derramado no Pentecostes e nos impele hoje a partir de novo sustentados pela
esperança que ‘não nos deixa confundidos’” (Rom 5,5)” (São João Paulo II, Carta Apostólica Novo Millennio Ineunte, 58).
Concluiu suas palavras, dizendo: “que as Irmãs, Freis, comunidade, autoridades
e toda a população se juntem as mãos para melhores dias para Bedanda. Que
Bedanda saia do isolamento, não somente físico, mas também cultural e social”. Fr.
Benício despediu-se da comunidade dizendo que foi transferido para a Paróquia
Senhora Nossa da Paz de Nhoma, diocese de Bissau.
Apos à missa, houve um
encontro com alguns membros da comunidade, os Freis, as Irmãs e autoridades. As
autoridades se comprometeram a “guardar a casa das irmãs todas as noites”. Também
as irmãs disseram umas palavras, sublinhando que a comunidade da praça de
Bedanda deve dar “folga” para que elas possam ir para as tabancas encontrar as
pessoas. Depois disso, foi oferecido um bom almoço como sinal de alegria pelo
retorno das irmãs.
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