Na sexta-feira, dia 13
de Maio 2016, à tarde, na varanda da casa da Missão Católica São Carlos Lwanga
de Cafal, Sul da Guiné Bissau e da Diocese de Bafatá, não havia mais lugares
para as pessoas que vieram despedir-se das irmãs das Missionarias da Imaculada
que, por motivo de falta de pessoal chegaram à decisão de deixar a Missão. Nesse
dia, houve um encontro com a presença Dom Pedro Zilli, os Padres de Cacine
Daniel Mane Aliou e Carlos Andolfi – dos Missionários Oblatos de Maria
Imaculada -, Irmã Alessandra Bonfanti, Superiora Delegada das Missionárias da
Imaculada, Irmã Maria Matiazzo do Conselho, as Irmãs de Cafal Maria Raudino,
Deepthi Kunath, Fabiana Garcia em substituição à Vinnarasi Selam e 60 pessoas, entre
jovens e adultos daquela localidade.
A Irmã Maria Raudino, Responsável pela
comunidade, abriu o encontro fazendo um historial da presença das irmãs em
Cafal desde o dia 10 de dezembro de 2009 até hoje: falou da Vigilância nutricional
das crianças em 09 tabancas; Catequese em 03 tabancas mais 02 grupos em Cafal;
Disse que conseguiram formar um grupo de líderes muito empenhado na sensibilização
contra o vírus Ébola: “uma atividade feita de casa em casa”, salientou Irmã
Maria. Sublinhou que, sendo a missão principal das Irmãs “contar a Palavra de
Deus, muito esforço foi feito neste sentido”. Realça, igualmente, todo o
trabalho feito na Escola.
Todos os presentes estavam
contentes pela visita do Bispo, mas tristes pela despedida das irmãs. Todos agradeceram
as irmãs pela presença e pelos trabalhos realizados. Um “Homen grande” lembrou
que ele estava presente quando começou a caminhada em Cafal com Dom Settimio Arturo
Ferrazzetta, através dos leigos voluntários da Diocese de Verona. Sua
preocupação é que com a saída das irmãs, Cafal ficará no isolamento. A partir
disso, um dos participantes pediu a Dom Pedro
de não deixar a casa vazia, de enviar um padre para não ficarem isolados
espiritualmente. Reconheceram que com o trabalho feito pelas irmãs houve uma
mudança de mentalidade, graças à Palavra de Deus e toda a atividade social.
A Irmã Alessandra
Bonfanti, tomou a palavra para agradecer a comunidade pela acolhida e cuidado
das irmãs. Disse que sair de Cafal foi uma decisão sofrida, mas que não era mais
possível continuar devido a falta de irmãs. Assegurou que o relacionamento
iniciado não vai acabar e nem a amizade e, dentro do possível, e nas
modalidades a serem exploradas, as irmãs poderiam continuar a ajudar a missão
de Cafal. Salienta que num momento mais oportuno, as Irmãs poderiam retornar ao
Sul.
| Pe.Daniel, Pe.Carlos, Dom Pedro, Ir.Maria, Ir.Deepthi e Ir.Fabiana |
Dom Pedro lembrou as
duas despedidas feitas no ano 2002 dos leigos de Verona e em 2016 das irmãs. No
2002 disse que entregou a chave da casa
para os Padres de Catió e em 2016 para os padres de Cacine. Cacine é mais
próximo o que possibilita maior presença dos sacerdotes em Cafal. Sublinha que
de 2002 a 2016, a comunidade fez avanços com a experiencia deixada por Verona, com
a experiencia de viver sem missionários residentes e a experiencia da
convivencia com as Missionárias da Imaculada. Disse que tambem sente tristeza
pela saida das irmãs, mas que “tudo o que foi feito por elas está escrito no
coração de Deus, do povo de Cafal e no seu coração”. Lembrou algumas obras que
as irmãs, com o apoio de benfeitores, fizeram nestes anos: 2 djemberen, vedação
da casa e da escola, cozinha na casa, caixa da água, melhoria da escola e construção
de um pavilhão. Por fim, manifestou sua satisfação pela certeza de que os
Padres de Cacine darão assistência semanal à comunidade de Cafal, como já tem
feito desde novembro de 2014 e agradeceu as irmãs pelo testemunho missionário em Cafal e em outras missões da Guiné-Bissau.
P. Daniel, superior
dos Oblatos em Cacine, reconheceu o
trabalho feito pelas irmãs e que eles procurarão dar continuidade, “mas que nunca
poderão substituir as irmãs”.
Pe. Carlos disse que
o melhor presente que a comunidade poderá dar às irmãs é mostrar, no tempo, que Cafal continua na caminhada levada à frente por elas e que
continue com responsabilidade a cuidar dos ambientes da Missão.
O encontro terminou
pelas 19hs, com orações dos Muçulmanos, Evangélicos e Católicos em ação de
graças a Deus por todo o bem que Ele realizou em Cafal através da Missionárias
da Imaculada.
As Missionárias da
Imaculada deixaram oficialmente Cafal no domingo, dia 15 de maio 2016,
Solenidade de Pentecostes.
| Em uma celebração na capela em 2014 |


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