Pe. João e seus alunos |
Para
lecionar Teologia Pastoral no Seminário Interdiocesano Dom Settimio Arturo Ferrazzetta,
em Bissau, a Igreja da Guiné-Bissau, acolheu, de 3 janeiro a 13 fevereiro, Pe.
João Batista Toledo da Silveira, da Arquidiocese de Niterói, Rio de Janeiro.
Já
na segunda-feira, dia 5 de janeiro, ele iniciou as aulas, com uma turma de 26
alunos do curso de teologia, na sua maioria, seminaristas diocesanos, das Dioceses
de Bissau e de Bafatá, religiosos franciscanos OFM, duas religiosas
franciscanas e uma leiga consagrada. “Uma turma muito dedicada e participativa”,
escreveu Pe. João no dia 03 de fevereiro, ao “Niterói Católico” da Arquidiocese
de Niterói. Pe. João Batista disse estar “muito feliz em participar da missão
na Guiné-Bissau, a convite do Pe. Daniel Rocchetti, da comissão missionária da
CNBB… Vim com a missão de lecionar teologia pastoral, no seminário
interdiocesano de Bissau, além de visitar os missionários (as) brasileiros (as),
que atuam naquele país e conhecer as diversas realidades missionárias das duas
dioceses da Guiné-Bissau”.
Missa no Seminario Dom Settimio |
Pe.
João realça que “o projeto missionário está me proporcionando a oportunidade de
conhecer diversas realidades missionárias, pois as aulas são durante a semana,
pela manhã, e nos tempos de folga, aproveito para fazer visitas, conhecendo
assim, um pouco da vida eclesial de Bissau. Tive contacto com mais de trinta
missionários(as), e ainda ficaram alguns sem conhecer”. Fui muito bem recebido
pelo Bispo de Bafatá, D. Pedro Zilli (paulista), missionário em Guiné Bissau há
mais de 30 anos, há dezenove como Bispo. Conheci a missionária leiga Adriana
(Maringá), que há vários anos trabalha como secretária pastoral em Bafatá. Tive
oportunidade também, de visitar a comunidade de vida Nova Aliança (Goiás), que
atua em Gabu, assim como os missionários do Projeto do Regional Sul 2 da CNBB (Paraná),
que estão presentes em Quebo…Fui visitar e celebrar na Comunidade de Vida Nova
Berith (da Paraíba), Kairós (de Pernambuco). Nos fins-de-semana, acompanhava os
padres diocesanos de Bissau, que atendem às comunidades do interior, chamadas
de tabancas. Saíamos sempre de Bissau na sexta à tarde, e voltávamos no domingo
à noite. Visitei as paróquias de Ingoré, fronteira com o Senegal, onde
participei de um encontro com cerca de 175 jovens. Visitei também a paróquia de
Caió, na qual predomina a religião tradicional africana. Estive conhecendo a
realidade da Ilha de Bubaque, onde encontrei a Irmã Ana Paula (Rio Grande do
Sul) e a Ir. Maria de Lurdes (Santa Catarina), missionárias da Consolata.
Participei também de alguns momentos do encontro dos bispos de língua
portuguesa, que se realizou em Bissau, sob o lema “o Diálogo Inter-Religioso na
Construção da Paz e do Desenvolvimento nos Países Lusófonos”. Tive oportunidade
de acompanhá-los, em visita à Universidade Católica e a uma mesquita, a convite
dos Muçulmanos.
Missa no Seminário Dom Settimio |
No
referido artigo do dia 03 de fevereiro, Pe. Afirmou “sem dúvida, uma
experiência marcante em minha vida missionária, voltar ao continente africano,
depois de 16 anos, quando estive na missão, em Moçambique, por seis meses.
Conviver, mesmo que seja por pouco tempo, com este povo querido e alegre, não
obstante as dificuldades que enfrentam, dão uma lição de vida! Fiquei
impressionado, positivamente, com o trabalho social desenvolvido pelos missionários
(as) e as diversas instituições internacionais humanitárias. Em todas as
realidades missionárias que visitei, constatei pelo menos uma obra social,
escolas, centros nutricionais, hospitais, e outros. Pude ver, de perto, o
empenho missionário realizado por missionários (as) de diversos países, aqui em
Guiné Bissau. O continente africano é uma Igreja viva e já está produzindo
muitos frutos de vocações sacerdotais, religiosas, missionárias e leigas. Basta
conferir as últimas estatísticas da Igreja no mundo. O continente africano está
superando todos os demais continentes em número de vocações e de fiéis. Estão
também, aprendendo a partilhar missionários pelo mundo inteiro”.
Por
fim, Pe. João salienta: “agradeço a Deus, por esta oportunidade de servir como
missionário, aqui na Guiné Bissau, à Arquidiocese de Niterói, na pessoa de Dom
José Francisco, por ter permitido a minha vinda. Ao Pe. Douglas Fontes, Reitor
do Seminário são José (Niterói), pela minha indicação para a missão. À dimensão
missionária da CNBB, pela confiança depositada. Não posso deixar de agradecer
aos bispos, padres, irmãs, seminaristas e leigos, que me acolheram com tanto
carinho aqui na Guiné-Bissau. Cheguei aqui com a missão de ensinar, mas
certamente, aprendi muito mais. Acredito, firmemente, que esta missão, aqui na
África, foi providencial, pois está servindo de preparação para a nova missão
que irei assumir no Brasil, ao voltar, em março de 2020, com a abertura de um
novo projeto, Igrejas irmãs, que a Arquidiocese de Niterói irá iniciar, com a
diocese de Humaitá AM. Um gesto concreto, em vista do Sínodo da Amazônia, e
mais um sinal forte da partilha missionária de Niterói. Louvado seja Deus!”.
Pe. João, Dom Câmnate e Pe. Videlson |
Diante
da beleza de tudo aquilo que Pe. João partilhou no escrito, mas sobretudo, nos
momentos vividos juntos, só nos resta a agradecer Deus e à Igreja do Brasil,
pela bênção de tê-lo conosco, na Guiné-Bissau, durante 40 dias.
Desde
2004 quando teve inicio o Projeto de Solidariedade entre a Igreja do Brasil e a
da Guiné-Bissau, com o Pe. João, 18 professores vieram dar aulas no Seminário
Maior Interdiocesano Settimio Artur Ferrazzetta, 3 dos quais vieram duas vezes.
Dos seminaristas, alunos destes 18 professores, 29 foram ordenados sacerdotes. Além
da formação académica no Seminário, os professores do Brasil assumem diversos
outros serviços: celebrações no seminário e nas paróquias, encontros e cursos
de formação para leigos, retiros, etc., conforme a possibilidade de cada um e
as solicitações recebidas.
Pe. João, Dom Pedro Zilli, Pe. Videlson |
Realce-se que, de 30 de janeiro a 26 de
fevereiro, esteve na Guiné-Bissau, pela 3ª vez, o Pe. Videlson Teles de
Meneses, da Arquidiocese de Aracaju (Brasil) para dar aulas Seminário Maior
Interdiocesano Dom Settimio Arturo Ferrazzetta, em Bissau.
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